terça-feira, 17 de novembro de 2015

E se traficarmos amor?

Em tempos de ódio, intolerância e perturbação é recomendável a todos ouvir uma boa música, assistir um filme de comédia e ler uma boa história de amor, só assim as pessoas de bem e que estão de saco cheio de ver tanta violência poderão esquecer desse mundo sangrento por algumas horas. Porém sempre têm aqueles que são viciados por notícias e relutam em ficar longe de rádio, jornais e TV, então o conselho indicado é: se conforme ao ver as tragédias, só não vale reclamar depois do que leu, ouviu ou assistiu!
É difícil ver o noticiário em tempo de crise, seja ela econômica, moral ou humanitária, porque tem-se a impressão que para o mundo não há mais salvação e todos estão perdidos. O planeta na atualidade passa por fome, pestes, guerras, terremotos, corrupções e outros tantos males, como cristã acredito que esses são os sinais do fim do tempo e que Jesus está voltando.
Nos últimos dias nota-se o quanto a sociedade vive insuportável e talentosa para as coisas más. Não sei se por modismo ou ignorância as pessoas tendem interpretar textos e falas de maneira negativa e apontando preconceitos aonde não existe, a exemplo disso cito uma postagem feita semana passada na fanpage "Blog Desilusões Perdidas - jornalismo com bom humor", que em tom respeitoso e carinhoso foi escrito: "... A jornalista tímida vive pensando 'se eu sou tímida, por que decidi ser jornalista?'. Mas a jornalista tímida sabe que jornalistas cheias de frios na barriga e faltas de ar também têm seu charme."
A palavra charme provocou o furor e o protesto de uma das internautas, que alegou pejorativo a forma como a palavra foi empregada. Sinceramente não consigo enxergar nenhum tipo de preconceito, xingamento ou assédio moral ao dizer que uma mulher tem charme.
Segundo o dicionário Aurélio, charme significa encantamento, simpatia, graça e beleza.
A bíblia diz que nos últimos dias o amor de muitos esfriará. Está nítido que se ofender com elogios é falta de amor próprio, pois qual é a mulher que não quer ficar bela e encantadora, e como recompensa ouvir um elogio como "tem seu charme"?
Outra coisa que nos últimos dias tem me tirado do sério é a tal liberdade de expressão. 
Para aqueles que não sabe, liberdade de expressão é a garantia de assegurar qualquer indivíduo de manifestar suas ideias e opiniões sem a intervenção de quem que seja, porém ,lamentavelmente, ela tornou-se para muitos uma espécie de cano de escape para justificar ofensas preconceituosas, provocações e outras bobagens ideológicas publicadas nas mídias tradicionais e principalmente nas redes sociais.
Liberdade de expressão não se estende aos que disparam comentários preconceituosos, maldosos e generalistas a respeito de um costume, religião ou estilo de vida, e sim àqueles que argumentam com fundamentos ideias propostas para melhorar o mundo.
Sim, vivemos o final dos tempos e o amor de muitos esfriou. 
A falta de compreensão, respeito e união é prova de que falta de AMOR no mundo, pois quem ama preserva e tem zelo pelo próximo
Não oremos pelo mundo somente ao ver atentados em países de elite, mas oraremos pelo mundo todos os dias, porque diferente da Europa, os países da África e Oriente Médio registram mortes causadas por ataques fundamentalistas todos os dias.
E se nós traficarmos o amor? Seria necessário.





* Caso esse texto tenha te incomodado, por favor fale!

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Poema a um desconhecido


 

Quero um amor para viver!
Estou farta de estar sempre só,
Andar pela cidade sem companhia,
Ir à livraria sem ter com quem compartilhar
Aquele poema lindo de Vinicius de Moraes.
 

Quero um amor que me entenda,
E que receba todos os dias o meu poema apaixonado,
E que ao ler,
ele se emocione e se apaixone
Cada fez por mim.

Quero amar alguém que goste de parques,
Que ame os animais e que seja família.
Quero alguém que me entenda nos momentos de fúrias,
 Nas minhas alegrias,
Nos meus momentos nostálgicos.

Enfim quero alguém que me ame!
Que responda os meus poemas
Mesmo que seja por emoticons.
E que ele me ligue todas as manhã
Dizendo: EU TE AMO!




segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Meu primeiro amor

Foi no ano de 2006, em uma segunda-feira às 12h30min, início de ano letivo que vi o meu amor platônico pela primeira vez. O pátio estava lotado e a garotada parecia animada para mais um ano letivo. A diretora fez o sermão já conhecido por todos, e logo em seguida subimos para a sala. Me lembro que naquele dia tivermos duas aulas de ciências biológicas e uma de história, depois do intervalo seria a aula de geografia.

Voltamos do intervalo e, junto com os moleques atrasados, entrou na sala o professor de geografia. Ele era alto, moreno, elegante e sorridente, no primeiro instante não senti nada de especial por ele.
Cheguei em casa às 18h30min, tomei banho e jantei. Fui para o quarto, peguei o meu caderno e comecei a folhear o conteúdo que tinha visto naquele dia no colégio. De repente veio a minha mente o rosto do professor Emerson, e do nada pensei o quanto o sorriso dele era cativante!

NAQUELE INSTANTE ME APAIXONEI POR ELE...

Aquele ano vivi momentos difíceis, lúdicos e de pura paixão. Ele foi embora, e eu fiquei depressiva. Como assim, ficar depressiva por causa de um amor platônico? Pois é, eu era imatura e deixei-me levar por tamanha emoção e acreditar na ideia de que ele seria o "grande amor da minha vida", pura ingenuidade de quem nunca havia vivido uma grande paixão...

Lembrei desse episódio, digamos, catastrófico da minha adolescência por causa da minha nova amiga de trabalho, que cismou em querer  ler algum texto escrito por mim, porque ,segundo ela, o modo como as pessoas escrevem dizem muito a respeito de sua personalidade. Achei o argumento convincente. Trocamos os links de nossos blogs, e conversando sobre pautas, ela me confessou que também fala muito sobre a sua vida pessoal em sua página e que no ano de 2009, ela dedicou o ano inteiro para falar de um amor platônico: o professor de história. 

Naquele instante voltei ao passado e revivi os meus momentos apaixonada por um homem 30 anos mais velho que eu. Não sei porque resolvi escrever sobre isso, nunca contei essa história a ninguém, sempre me preocupei em escondê-la, talvez com receio de ser taxada de estranha, sem caráter ou sei lá mais o que. Quer dizer, a minha mãe e os meus irmão, por terem achado o meu diário, souberam do meu amor platônico pelo o professor, talvez seja por isso que tento me resguardar dessa história.

Foi lindo viver aquele amor inocente, mas é hora de esquecer o passado, viver o presente e projetar o futuro (que só a Deus pertence).
Hoje aos 22 anos de idade, consigo entender cada verso do Soneto da Fidelidade, de Vinícius de Moraes - poema esse, que eu vivia recitando para o tal professor Emerson- e agora faço dele as minhas palavras:
"Eu posso me dizer do amor (que tive)
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure."

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Por que o diferente me assusta?

Começo oficialmente uma nova etapa na minha vida pessoal: Vou morar em uma república!
É difícil para uma menina, que sequer saía para a casa das amigas, de repente ir morar com duas desconhecidas. Podem imaginar como estou, não é mesmo?
 A filhinha do papai, mimada e birrenta cresceu, bateu as asas e agora se tornou independente, e se propôs a vivenciar uma experiência que vai proporcionar várias histórias.

Estou com a impressão de que tudo isso renderá boas histórias, desde quando comecei a conversar com uma das minhas companheiras de quarto, a Thays, uma garota de São José do Rio Preto, interior de São Paulo.

Ela me contou que passa até seis meses sem visitar os avós com quem foi criada. Naquele instante pensei como seria passar tanto tempo sem ver os rostos, sentir o abraço e ouvir o riso das pessoas mais importante da minha vida: os meus pais e os meus irmãos.

Conversa vai, conversa vem e a menina já tinha me contado boa parte da vida dela, e como é do meu perfil, fiquei ali quieta ouvindo a interlocutora, que em tom de desabafo me falou o quanto é conturbada a relação dela com o pai, descreveu a saudade que sente dos avós e a sensação de liberdade que sente durante esse tempo fora de casa.

Às 14h em ponto fui embora para a minha verdadeira casa e no caminho comecei a relembrar coisas da minha infância. Como era bom passear com o meu pai! Aquele sorvete que sempre tomávamos... uma delícia! 
Não, delicia mesmo era colher goiabas junto com os meus irmãos, para a mamãe fazer compotas!
E andar a cavalo? Era o meu hobby favorito! Quantas vezes não deixei de estudar para as provas só para cavalgar!? 

E assim, em tom nostálgico, revirei a minha infância vivida no meu tão amado sítio, lugar que as vezes odeio, mas no fundo, no fundo amo muito, e quando me dei por conta estava chorando ao recordar momentos lindos vividos ao lado das pessoas mais importantes da minha vida.

Chega de tristeza e de medo do novo, afinal jornalistas devem estar sempre prontos para viver longe de casa e morar nos lugares mais inusitados.

E que Deus me ajude nesta nova etapa!

Foto: Maria Ariane Santos
Minha bagunça. Vou sentir saudades dela também!






terça-feira, 23 de junho de 2015

Museu a céu aberto

Conhecido como Centro Velho, o centro da capital paulista é um lugar cheio de prédios que contam a história da cidade de São Paulo pelas diferentes arquiteturas

Na paisagem do centro histórico da cidade de São Paulo é visível os diferentes modelos arquitetônicos que embelezam o conhecido Triangulo Histórico, que é formado pelas ruas São Bento, XV de Novembro e o Largo São Francisco. Tanto os visitantes, como os moradores da capital se encantam com a beleza e com o teor histórico que o local ainda preserva. Cada edifício tem um modelo que representa uma cultura e um momento histórico por qual a cidade passou. Nestes locais pode-se notar que existem prédios antigos, que nos séculos passados serviram de abrigos para a alta sociedade paulistana, outros são símbolos da evolução da cidade na década de 1920, como o Edifício Martinelle , devido ao período do café; também há os atuais como o prédio Banespa construído na década de 1953, que representa o crescimento econômico da cidade.
 Prédios como o Theatro Municipal e o Centro Cultural Banco do Brasil são atrativos por terem uma arquitetura do século de XIX chamada eclética, um modelo arquitetônico que foi imitado na época para satisfazer as vontades da burguesia brasileira, pois esta sentia a necessidade de frequentar teatros e museus  que remetessem  aos dos moldes  europeus, por esse motivo Ramos de Azevedo, arquiteto que projetou o Theatro Municipal, inspirou-se  no projeto da  Ópera de Paris  de Charles Garnier. Essa arquitetura foi usada em países europeus e na América do Norte e foi criada em Paris na Escola de Belas Artes de Paris. A professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, Sheila Walbe Ornstein, afirma que a arquitetura eclética "É uma mistura de diversos estilos e surge como contraponto ao neogótico, neo-renascentista, neo- clássico, neobarroco e outros que pretendiam reviver a chamada 'arquitetura antiga'".
 Uma outra arquitetura que se destaca no centro da capital por ser curiosa   e bela  é a empregada na Catedral da Sé, a qual teve a sua última versão construída no início do século XX e foi projetada no estilo Neogótico, o  seu modelo é composto por elementos como várias torres, rosáceas, esculturas e grandes espaços internos, a professora Sheila afirma que na cidade de São Paulo a Catedral da Sé é o único edifício que tem essa arquitetura.
 O estilo neogótico foi explorados em grandes catedrais tanto na Europa como nas Américas nos séculos XIX e até meados do século XX. Esta arquitetura tem origem no estilo Gótico, concebido nos anos 1000, na Idade Média, na França. Desenvolveu-se entre o romântico e o renascentista e o seu principal mérito foi liberar os ambientes internos das largas paredes do período romântico que suportavam os arcos em meio círculo. Estes arcos foram substituídos pelos arcos ogivais, que são arcos que ao se encontrarem formam uma circunferência  e apoiam em conjuntos de colunas, de um modo mais leve e possibilitavam, além de pré-direitos internos muito mais elevados, edifícios de proporções monumentais, em termos de altura, para a época, assim como a ampliação dos vãos para iluminação.
A professora  menciona que estes, por sua vez, no estilo gótico passaram a contemplar belíssimas rosáceas e vitrais. Para compensar a leveza interna proporcionada pelos arcos ogivais,eram necessários grandes contrafortes externos. Ela  ainda chama a atenção para as estátuas que são usadas nas fachadas dos prédios ecléticos e no estilo neogótico. “Tanto no caso do neogótico como no caso do eclético contemporâneos e que de alguma forma se rivalizavam entre si, tinham como característica os elementos decorativos e ornamentais, encomendados a artesãos e escultores da época”, e complementa, "a Catedral da Sé é um excelente exemplo do chamado neogótico."
 O Centro da capital paulista é um verdadeiro museu ao céu aberto. Caminhando nas ruas em meios a tantos prédios históricos percebe-se o quanto é importante manter esses edifícios históricos preservados, mas não é  o que acontece na cidade, pois há outros tão belo quanto aos citados acima, entretanto estão abandonados, deteriorados, o que possibilita que esses prédios percam as suas características e arquitetura.  Sheila diz que  é preciso também destacar que edificações antigas e de valor histórico são patrimoniadas pelos Órgãos de Preservação,  a nível municipal, estadual e federal, e ressalta que para haver  a recuperação destes prédios é preciso que o mercado imobiliário também  tenha interesse em restaurá-los.


Catedral da Sé  - foto: Maria Ariane Santos




terça-feira, 16 de junho de 2015

Brasil, um país de todos?

Quem nunca ouviu a história de alguém que deixou os seus parentes e sua terra natal para ir em busca de uma nova vida? No Brasil é comum escutar histórias de famílias de descendência italiana, alemã e japonesa que chegaram ao país em busca da realização dos seus sonhos, porém, no início, enfrentaram dificuldades para se adaptarem ao clima, culinária e aos costumes destas terras que, em breve, eles iriam desbravar.
Tudo isso ocorreu no século XX, quando o país estava em processo de desenvolvimento, passado estes anos, muitos pensam que a imigração ocorreu somente naqueles tempos, mas engana-se quem pensa assim, porque o Brasil atualmente tornou-se rota de fuga para muitos refugiados de guerras e o destino que milhares de haitianos escolhem para reconstruir suas vidas, que foram devastadas juntas com o terremoto que houve no Haiti em 2010.
Andando pelas ruas de São Paulo é fácil vê-los em grupos pela cidade, eles falam a língua da sua terra natal, mas quando vão tomar alguma informação de algum paulistano, os mesmos falam um português arrastado e repleto de sotaques. Muitos deles entram no país pelo estado do Acre, desembarcam na cidade de Brasileia e logo são despachados para a capital paulista, o destino final dos haitianos são tanto no Terminal Rodoviário Tietê, como no Terminal Barra Funda, e lá mesmo, como aconteceu com milhares de nordestinos que migraram para São Paulo em busca de uma vida melhor, começa para eles, haitianos, a ressurgir um fio de esperança e expectativa de conquistar novos objetivos.
Após a chegada nos terminais rodoviários os imigrantes são encaminhados para os abrigos localizados na região central da cidade, um na Baixada do Glicério, na Igreja Nossa Senhora da Paz, aonde são abrigados somente imigrantes haitianos e africanos e o outro no bairro da Liberdade, o ADUS (Instituto de Reintegração do Refugiado) que abriga várias nacionalidades, entre elas os refugiados vindos do Oriente Médio, como os sírios e libaneses, como os africanos e haitianos.
Nesses abrigos os imigrantes passam a viver em condições sub-humanas, pois tratam-se de lugares superlotados, não há banheiros para todos, faltam produtos de higiene e alimentação, os responsáveis pelos abrigos reclamam que não recebem apoio do poder público e apelam para a boa vontade da população em ajudá-los a sustentar a obra de caridade, porém mesmo sem condições todos os dias acolhem dezenas de imigrantes que pedem abrigo.
Já foi divulgado pela imprensa que o governo da ordem explícita a estas entidades para que somente os haitianos recebam aulas de português e que seja concedido a eles, imediatamente, o visto de permanência, sendo necessário somente preencher um questionário, e que as agências de emprego os procure para ofertar-lhes trabalho, enquanto para os africanos e refugiados do Oriente Médio a exigência é maior para obter o visto de permanência e são excluídos do plano de ensino da nossa língua nativa. Agora questiono: Porque tamanha discriminação para com os outros? Não seria correto que todos recebessem o mesmo tratamento?
Da mesma maneira que os haitianos precisam e tem direito de reconstruir as suas vidas em terras brasileiras, os refugiados de guerras e os povos da África também têm, na declaração universal dos direitos do homem, no artigo 1º diz queTodos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade”. Ao analisar este artigo, chega-se a conclusão que o governo brasileiro está infligindo a declaração ao favorecer somente uma nacionalidade e ele deixa de lado a sua ação fraternal para com os outros imigrantes ao dificultar a emissão de visto de permanência e ao “discriminá-los” ao determinar quais são os povos que serão preparados para viver no Brasil.

 É considerável a ideia de criar um controle de entrada de imigrantes que pedem abrigo em nosso país, entretanto há outras maneiras de fazer essa triagem sem desfavorecer outras nacionalidades. O Brasil não pode se comportar como um país que faz distinção de povos, pois isso não é atitude de um país que visa fortalecer a tão badalada democracia.

segunda-feira, 8 de junho de 2015

O Futuro da natureza


 Nada como passar um feriadão longe da vida agitada da cidade grande. Se isolar em um sítio longe de toda parafernália tecnológica e esquecer as angústias e aflições do cotidiano. Isso faz com que as pessoas recuperem a face humana.  Quer remédio melhor do que esse, para curar as olheiras causadas pelo estresse do dia a dia? Acredite, não existe nada melhor que isso. Isso faz com que o ser humano  se sinta renovado e pronto para outra!

 Queria eu todos os dias acordar pela manhã e sentir o cheiro da relva molhada, e ainda ouvir o cantar das aves nativas. Não há nada que se compare a experiência incrível, que é viver junto a natureza, pois ela é bela, simples, amorosa e generosa. 

 Por exemplo, está no fim do outono e quase iniciando-se o inverno, enquanto as flores do meu jardim estão tímidas e "feinhas", a natureza encheu o meu pomar de lindas laranjas e ,ainda de brinde , ela colocou na jabuticabeira um ninho gracioso de tico-tico. É gratificante viver junto a ela.

 Pena que eu possa ver isso somente na minha chácara, porque ao redor dela já é perceptível os sinais de degradação da fauna e da flora. O rio que corta o nosso sítio está poluído e já apareceu peixes mortos. Os jacús que sempre iam comer ameixas no nosso quintal sumiram, ou seja, tudo indica a ação de caçadores naquela região. Estes sinais estão anunciando que a natureza está em processo de extinção.

 Na semana passada eu parei para refletir sobre todos estes maus tratos à natureza, que consequentemente causa o desaparecimento de certas espécies, sendo elas de animais ou plantas e cheguei a uma conclusão: Quando eu tiver o meu filho e perguntá-lo o que é meio ambiente, certamente ele não saberá me responder, pois ele não terá contato com a natureza.

 Parece esdrúxula essa pergunta, mas se o ser humano não mudar sua relação de cuidado com o meio ambiente, tudo indica que as próximas gerações não saberão responder com propriedade o que é meio ambiente, porque elas não terão contato com ela devido a destruição provocada pela ganância do ser humano.

 É época de refletir se o seu comportamento condiz com  a realidade. Seja consciente!



 
Os parques de São Paulo são maravilhosos, mas nada é comparável à natureza "selvagem"

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Eu, repórter universitária

Uma das minhas maiores preocupações antes de ingressar na faculdadeera como eu iria gravar uma reportagem para TV, sendo que eu não gostava de ser filmada. "Como vou me comportar quando chegar o dia de fazer uma reportagem para a televisão?"

Sempre me preocupei muito com esse dia,  eu confesso que perdia até noites de sono pensando em como eu iria gravar uma reportagem diante das câmeras. Como sou tímida e também nunca fui muito fã de câmeras, sempre fui questionada pela minha família e amigos sobre como eu iria me virar para exercer a profissão, já que eu não gostava de ser filmada, e eu pacientemente explicava a todos: " Os jornalistas também trabalham atrás das câmeras."

Mais tarde ingressei na faculdade, a primeira coisa que eu quis saber era quando começariam as aulas práticas de telejornalismo, soube que seriam a partir do 4º semestre. Não demorou muito para o temido semestre chegar. Quando ele chegou, eu não resisti a curiosidade e fui experimentar por alguns minutos a sensação de ficar frente a frente com uma câmera, o sentimento não poderia ser outro, de pavor! Eu odiei ficar diante de uma câmera e do TP, sai da bancada desejando nunca mais voltar.

Mas, como nem tudo acontece conforme planejado, no 5º semestre retornamos as práticas de telejornalismo, só que agora teríamos que fazer um jornal completo. Bateu aquele frio na barriga, mas de uma forma ou de outra encarei o meu drama interior. As três primeiras gravações eu operei o TP,  mas na gravação do último jornal, que seria a AV3 valendo de 0 a 10, não teve jeito, tive que ser repórter.

A minha primeira reportagem foi no Museu dos Transportes Público, fiquei muito nervosa e cometi muitas gafes.  Contudo,  eis que abaixo segue o resultado final, e tenho que confessar: Agora me simpatizei pelas câmeras e até cogito a possibilidade de ser repórter de TV.

Aproveito para agradecer ao meu grupo, que é formado apenas por rapazes, mas que são extremamente organizados, pelo apoio  e por toda sensibilidade e paciência do mundo, que tiveram para  me suportaram durante a gravação.












terça-feira, 26 de maio de 2015

Que dureza!

Quem é, ou quem já foi um universitário, sabe muito bem como é tenso final de semestre, a pessoa tem horas para acordar, mas não tem horário para dormir, não pode passear, não pode se divertir , ou seja, não pode fazer nada, pois ao optar por estes prazeres, o estudante simplesmente não conseguirá realizar com sucesso os seus trabalhos. Triste, não?!

Contudo, aqueles que , assim como eu, se arriscaram em seguir a carreira de jornalista sofre muito mais na faculdade. Parece lindo fazer jornalismo! Aparentemente a criatura, que exerce esta  árdua profissão, se limitará a apenas exibir-se em frente à câmera, certo? Errado! Jornalista é um ser sofredor, ele sofre para fazer a faculdade, sofre para ingressar no mercado de trabalho,  sofre porque não consegue dormir 08 horas diárias, sofre porque tem que estar sempre atualizado, sofre porque tem que escrever grandes reportagens, e  sofre, sofre e sofre!

E,  como já é de praxe, neste semestre eu sofri mais um pouquinho. O motivo de tamanho sofrimento foi uma reportagem especial cuja a temática era Cuba e Estados Unidos. A principio achei muito interessante, pois a proposta era praticar o texto  narrativo jornalístico. Mas, eu não imaginaria que isso tiraria o meu sono durante todo esse mês de maio.

A minha dificuldade não  foi escrever o texto, mas sim encontrar os santos filhos de Deus, que poderiam nos conceder uma misera entrevista. Foram tantos e-mail enviados, porém ninguém nos respondeu. E eis que em um belo dia, especificamente numa segunda-feira, dia este que milagrosamente eu estava muito bem humorada , a Rebeca entra na sala de aula toda afobada e diz:
"- Temos que ir agora para a Usp, a professora de história aceitou falar conosco."

 Naquele momento que recebi a notícia senti um enorme alívio, e de prontidão sai arrastando a Rebequinha ruma à Usp. E assim fomos, confiantes que iriamos matar dois coelhos com uma cajadada só. Tudo estava acontecendo lindo e maravilhoso, mas algo me dizia que alguma coisa estava errada, porém não sabia o quê. Então comecei a desconfiar.

Depois de pegar metrô e ônibus finalmente chegamos à Cidade Universitária. Apressadamente, nos dirigimos ao Departamento de Ciências Humanas. Ao chegar lá, tudo o que estava lindo e maravilhoso, se transformou em mais um sofrimento, melhor em um pesadelo! Não conseguíamos achar a professora. Desesperada,  a Rebeca começou a perguntar a todos que viam pela frente se conhecia a tal Rua Cristófaro e todos diziam  que não.

 Às 10h30min. o sofrimento aumento, neste horário tínhamos que estar entrevistando a tal professora.  Enquanto a Rebeca tentava falar com ela pelo telefone, fiquei na sala diante do computador, e sem querer acabei lendo os e-mails que a minha amiga havia trocado com a historiadora e eis, que descubro, que meus pressentimentos estavam certos, estávamos perdidas na Usp!

A tal Rua Cristófaro fica fora da faculdade, ao descobrir isso fiquei louca da vida! Até hoje estou indignada com a distração da Rebeca, pois a professora traçou o mapa da mina para nós. Entretanto, o  que nos restou fazer naquele final de manhã,  foi sair da universidade e cada uma dirigir-se ao nosso trabalho, sentindo dor de cabeça, raiva e muito cansaço, aliás até agora estou cansada daquele dia.
Claro que tinha que tinha que ter alguma coisa errada, eu e a Rebeca escolhemos ser jornalistas, então por natureza vivemos na base do sofre, sofre e sofre!

Que dureza, não?


Maria Ariane Santos
A natureza me acalma, talvez seja por isso que assim fiquei ao me perder na Usp




terça-feira, 19 de maio de 2015

Ser humano


Sim! Isso é uma declaração de amor.
Agora a questão é, para quem?
Bom, aos meus antigos amores, amigos, minha família,
ex - amigos, colegas e afins.

Talvez não faça sentido o que irei falar agora,
Mas como é complicado compreender o ser humano.
Hoje ama, amanhã desama,
Odeia, mas não consegue viver longe do outro.


Diz que quer distância, porém conta os minutos
para ver a criatura amada chegar.
Se diz amigo, depois é inimigo.

Você é sincera, amanhã você é falsa,
Você é engajada, amanhã é morta,
Se eu te escuto, sou Maria vai com as outras,
Se sou caxias, sou antiquada e
Fechada para o mundo.

E assim é o comportamento humano,
Pra que pensar nisso, né?

Velhos tempos

 
 
Saudades do teu abraço,
da tua doce voz!
Como era bom chegar pela manhã,
e te ver sorridente.
 
Responder o teu bom dia, ...
e em seguida juntos rir da vida.
Como era bom estudarmos juntos para as provas,
Você, com seus métodos loucos e tontos de decoreba,
E eu, sempre acompanhada
pela senhora seriedade exagerada
e meu estilo caxias de sempre.

 Saudades da nossa linda amizade,
que te fazia pacientemente escutar
os meus reclames infelizes da vida .


 Definitivamente você é a bela página do meu velho livro!

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Era uma vez...

 A vida é mesmo uma loucura! As pessoas vivem correndo de um lado para o outro, elas mal comem, mal dormem e não se divertem, ou seja, elas não vivem, vegetam!
 É uma pena a sociedade viver correndo e não parar um minuto sequer para admirar algo belo, na minha opinião as pessoas deveriam parar e analisar como estão vivendo e quais são as suas necessidades, isso ajudaria  a melhorar as atitudes humanas.

 Foi em uma dessas análises profundas do dia a dia, em que eu me dei conta que há tempos não escrevo uma história com o início Era uma vez (...),  senti uma saudades tremenda dessa época, porque eu  escrevia essas historinhas e lembro-me que não me preocupava em vender o meu texto, só queria mesmo escrever e escrever, pois eu tinha prazer em fazer isso. 

 Não! Nem ouse em pensar na possibilidade de eu ter perdido o prazer de escrever, pelo contrário, sou apaixonada pelo que faço, e essa paixão, que sinto, se renova a cada instante, mas quando me dei conta de que há tempos não escrevia algo com o início era uma vez, senti saudades da inocência de criança que eu possuía, das expressões de amor e carinho utilizadas em meu texto, da falta de preocupação que eu tinha...

 Senti saudades da simplicidade e serenidade, que eu encarava o mundo. Bons eram aqueles tempos, que a  única coisa que me fazia perder o sono era o medo de não ter feito a lição de casa e depois levar bronca da professora.

 Essa reflexão repentina, fez brotar  em meu interior aquela menina que ama os animais, que ama a natureza, que assisti os Camundongos aventureiros, o Castelo Rá-Tim - Bum e o Cocoricó. 
Isso me fez um bem danado, eu  até consegui dormir e não ser assombrada pelos trabalhos da faculdade!

 Então, deixemos de lado ao menos 30 minutos por dia o lead e os noticiários, para reviver um mundo de fantasias e de extrema felicidade, e que nos empenhemos mais em escrever histórias com o início era uma vez.

Foto: Maria Ariane Santos
Foto: Maria Ariane Santos

Gosto das flores, porque elas me lembram que sou humana e que Deus me ama


quarta-feira, 13 de maio de 2015

Próxima estação: Marechal Deodoro

 Como passar por algum lugar e não perceber que passou por lá? Bom, parece ser impossível acontecer  isso, mas te digo que durante o ano passado inteiro eu não percebia que o trem parava na estação Marechal Deodoro do metrô.

 Sim, concordo perfeitamente com todos, isso é coisa de louco, mas tudo é possível para uma pessoa  feliz, contente com a vida. Eu me distraia a toa  e não percebia muito as coisas ao meu redor, enfim, mania de  quem vive enamorada...

Até que num belo dia, me vi sozinha no trajeto que fazia, estação Palmeiras - Barra Funda à estação República, aí que fui cair na real, o metrô parava todo santo dia na estação que eu nem  sabia da existência, Marechal Deodoro.

 Não, minto! Eu sabia da existência da estação sim, eu via o trem parar lá quando eu ia à faculdade, o problema era na volta. A culpa de toda a minha distração naqueles tempos é do Leopoldo, ele era um cara legal, daqueles que você deseja o ter como irmão, ele me distraia e fazia o meu dia mais feliz.

 A gente era muito amigo, vivíamos pra cima e pra baixo, caminhávamos pelas ruas do centro juntos, estudávamos juntos, riamos juntos, fofocávamos juntos e um dia quase fomos atropelados juntos. Como perceberam nós éramos juntos, mas num infeliz dia nos vimos distantes um do outro, não vivemos mais juntos, caminho pelo centro da cidade só, estudo só e PASSO pelo estação Marechal Deodoro só!

 Por quê não vivemos juntos hoje? Confesso que por minha culpa, eu deveria ter sido profissional e mais sincera em alguns momentos com o Leopoldo.
 Mas o que adianta lamentar o leite derramado? Agora o que me resta é apreciar solitariamente, as paradas do trem na estação Marechal Deodoro.

Amigos não são bons amantes!