terça-feira, 26 de maio de 2015

Que dureza!

Quem é, ou quem já foi um universitário, sabe muito bem como é tenso final de semestre, a pessoa tem horas para acordar, mas não tem horário para dormir, não pode passear, não pode se divertir , ou seja, não pode fazer nada, pois ao optar por estes prazeres, o estudante simplesmente não conseguirá realizar com sucesso os seus trabalhos. Triste, não?!

Contudo, aqueles que , assim como eu, se arriscaram em seguir a carreira de jornalista sofre muito mais na faculdade. Parece lindo fazer jornalismo! Aparentemente a criatura, que exerce esta  árdua profissão, se limitará a apenas exibir-se em frente à câmera, certo? Errado! Jornalista é um ser sofredor, ele sofre para fazer a faculdade, sofre para ingressar no mercado de trabalho,  sofre porque não consegue dormir 08 horas diárias, sofre porque tem que estar sempre atualizado, sofre porque tem que escrever grandes reportagens, e  sofre, sofre e sofre!

E,  como já é de praxe, neste semestre eu sofri mais um pouquinho. O motivo de tamanho sofrimento foi uma reportagem especial cuja a temática era Cuba e Estados Unidos. A principio achei muito interessante, pois a proposta era praticar o texto  narrativo jornalístico. Mas, eu não imaginaria que isso tiraria o meu sono durante todo esse mês de maio.

A minha dificuldade não  foi escrever o texto, mas sim encontrar os santos filhos de Deus, que poderiam nos conceder uma misera entrevista. Foram tantos e-mail enviados, porém ninguém nos respondeu. E eis que em um belo dia, especificamente numa segunda-feira, dia este que milagrosamente eu estava muito bem humorada , a Rebeca entra na sala de aula toda afobada e diz:
"- Temos que ir agora para a Usp, a professora de história aceitou falar conosco."

 Naquele momento que recebi a notícia senti um enorme alívio, e de prontidão sai arrastando a Rebequinha ruma à Usp. E assim fomos, confiantes que iriamos matar dois coelhos com uma cajadada só. Tudo estava acontecendo lindo e maravilhoso, mas algo me dizia que alguma coisa estava errada, porém não sabia o quê. Então comecei a desconfiar.

Depois de pegar metrô e ônibus finalmente chegamos à Cidade Universitária. Apressadamente, nos dirigimos ao Departamento de Ciências Humanas. Ao chegar lá, tudo o que estava lindo e maravilhoso, se transformou em mais um sofrimento, melhor em um pesadelo! Não conseguíamos achar a professora. Desesperada,  a Rebeca começou a perguntar a todos que viam pela frente se conhecia a tal Rua Cristófaro e todos diziam  que não.

 Às 10h30min. o sofrimento aumento, neste horário tínhamos que estar entrevistando a tal professora.  Enquanto a Rebeca tentava falar com ela pelo telefone, fiquei na sala diante do computador, e sem querer acabei lendo os e-mails que a minha amiga havia trocado com a historiadora e eis, que descubro, que meus pressentimentos estavam certos, estávamos perdidas na Usp!

A tal Rua Cristófaro fica fora da faculdade, ao descobrir isso fiquei louca da vida! Até hoje estou indignada com a distração da Rebeca, pois a professora traçou o mapa da mina para nós. Entretanto, o  que nos restou fazer naquele final de manhã,  foi sair da universidade e cada uma dirigir-se ao nosso trabalho, sentindo dor de cabeça, raiva e muito cansaço, aliás até agora estou cansada daquele dia.
Claro que tinha que tinha que ter alguma coisa errada, eu e a Rebeca escolhemos ser jornalistas, então por natureza vivemos na base do sofre, sofre e sofre!

Que dureza, não?


Maria Ariane Santos
A natureza me acalma, talvez seja por isso que assim fiquei ao me perder na Usp




terça-feira, 19 de maio de 2015

Ser humano


Sim! Isso é uma declaração de amor.
Agora a questão é, para quem?
Bom, aos meus antigos amores, amigos, minha família,
ex - amigos, colegas e afins.

Talvez não faça sentido o que irei falar agora,
Mas como é complicado compreender o ser humano.
Hoje ama, amanhã desama,
Odeia, mas não consegue viver longe do outro.


Diz que quer distância, porém conta os minutos
para ver a criatura amada chegar.
Se diz amigo, depois é inimigo.

Você é sincera, amanhã você é falsa,
Você é engajada, amanhã é morta,
Se eu te escuto, sou Maria vai com as outras,
Se sou caxias, sou antiquada e
Fechada para o mundo.

E assim é o comportamento humano,
Pra que pensar nisso, né?

Velhos tempos

 
 
Saudades do teu abraço,
da tua doce voz!
Como era bom chegar pela manhã,
e te ver sorridente.
 
Responder o teu bom dia, ...
e em seguida juntos rir da vida.
Como era bom estudarmos juntos para as provas,
Você, com seus métodos loucos e tontos de decoreba,
E eu, sempre acompanhada
pela senhora seriedade exagerada
e meu estilo caxias de sempre.

 Saudades da nossa linda amizade,
que te fazia pacientemente escutar
os meus reclames infelizes da vida .


 Definitivamente você é a bela página do meu velho livro!

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Era uma vez...

 A vida é mesmo uma loucura! As pessoas vivem correndo de um lado para o outro, elas mal comem, mal dormem e não se divertem, ou seja, elas não vivem, vegetam!
 É uma pena a sociedade viver correndo e não parar um minuto sequer para admirar algo belo, na minha opinião as pessoas deveriam parar e analisar como estão vivendo e quais são as suas necessidades, isso ajudaria  a melhorar as atitudes humanas.

 Foi em uma dessas análises profundas do dia a dia, em que eu me dei conta que há tempos não escrevo uma história com o início Era uma vez (...),  senti uma saudades tremenda dessa época, porque eu  escrevia essas historinhas e lembro-me que não me preocupava em vender o meu texto, só queria mesmo escrever e escrever, pois eu tinha prazer em fazer isso. 

 Não! Nem ouse em pensar na possibilidade de eu ter perdido o prazer de escrever, pelo contrário, sou apaixonada pelo que faço, e essa paixão, que sinto, se renova a cada instante, mas quando me dei conta de que há tempos não escrevia algo com o início era uma vez, senti saudades da inocência de criança que eu possuía, das expressões de amor e carinho utilizadas em meu texto, da falta de preocupação que eu tinha...

 Senti saudades da simplicidade e serenidade, que eu encarava o mundo. Bons eram aqueles tempos, que a  única coisa que me fazia perder o sono era o medo de não ter feito a lição de casa e depois levar bronca da professora.

 Essa reflexão repentina, fez brotar  em meu interior aquela menina que ama os animais, que ama a natureza, que assisti os Camundongos aventureiros, o Castelo Rá-Tim - Bum e o Cocoricó. 
Isso me fez um bem danado, eu  até consegui dormir e não ser assombrada pelos trabalhos da faculdade!

 Então, deixemos de lado ao menos 30 minutos por dia o lead e os noticiários, para reviver um mundo de fantasias e de extrema felicidade, e que nos empenhemos mais em escrever histórias com o início era uma vez.

Foto: Maria Ariane Santos
Foto: Maria Ariane Santos

Gosto das flores, porque elas me lembram que sou humana e que Deus me ama


quarta-feira, 13 de maio de 2015

Próxima estação: Marechal Deodoro

 Como passar por algum lugar e não perceber que passou por lá? Bom, parece ser impossível acontecer  isso, mas te digo que durante o ano passado inteiro eu não percebia que o trem parava na estação Marechal Deodoro do metrô.

 Sim, concordo perfeitamente com todos, isso é coisa de louco, mas tudo é possível para uma pessoa  feliz, contente com a vida. Eu me distraia a toa  e não percebia muito as coisas ao meu redor, enfim, mania de  quem vive enamorada...

Até que num belo dia, me vi sozinha no trajeto que fazia, estação Palmeiras - Barra Funda à estação República, aí que fui cair na real, o metrô parava todo santo dia na estação que eu nem  sabia da existência, Marechal Deodoro.

 Não, minto! Eu sabia da existência da estação sim, eu via o trem parar lá quando eu ia à faculdade, o problema era na volta. A culpa de toda a minha distração naqueles tempos é do Leopoldo, ele era um cara legal, daqueles que você deseja o ter como irmão, ele me distraia e fazia o meu dia mais feliz.

 A gente era muito amigo, vivíamos pra cima e pra baixo, caminhávamos pelas ruas do centro juntos, estudávamos juntos, riamos juntos, fofocávamos juntos e um dia quase fomos atropelados juntos. Como perceberam nós éramos juntos, mas num infeliz dia nos vimos distantes um do outro, não vivemos mais juntos, caminho pelo centro da cidade só, estudo só e PASSO pelo estação Marechal Deodoro só!

 Por quê não vivemos juntos hoje? Confesso que por minha culpa, eu deveria ter sido profissional e mais sincera em alguns momentos com o Leopoldo.
 Mas o que adianta lamentar o leite derramado? Agora o que me resta é apreciar solitariamente, as paradas do trem na estação Marechal Deodoro.

Amigos não são bons amantes!