quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

O cara da camiseta colada

Naquele dia 02, conheci uma pessoa amável a primeira vista, quando coloquei os olhos nele pensei que talvez fosse o cara metido a dom Juan que reinava ali no 6° andar, o descolado do pedaço, aquele que arrancava suspiros das mocinhas por usar camisetas apertadas exibindo os músculos.
Cheguei a essa conclusão por ele ser simpático, e confesso que o julguei pela camiseta colada. (Sem querer provocar ninguém, mas por ler matérias sobre machismo às vezes tenho caído na besteira de generalizar tudo.)
No dia seguinte ele me chamou para conversar e tentando ser sério me explicou qual era a sua função ali e de mediato começou a contar histórias vividas por ele no exercício da profissão. Enquanto ele falava eu, bobinha e curiosa, estava me deleitando em cada palavra pronunciada por ele e pensava:
"Por ser jornalista ele tem esse jeito desleixado, de não estou nem aí pra vida!"
Após alguns meses de convivência com o tal cara descolado, descobri que estava completamente enganada sobre o caráter do rapaz, não é por usar camisetas coladas ao corpo, que ele é um sedutor barato, se um dia ele me seduzir vai ser pela gentileza, educação e por saber respeitar uma mulher.
Num dia qualquer desses andei pensando nele. Mentalmente viajei  em seus olhos, bebi em seu sorriso e ri com o seu sorriso. A partir daquele instante comecei a cogitar a  possibilidade de amá-lo.
E em meio a essa "decisão" de me apaixonar ou não, acabei refletindo mais uma vez sobre o que é o amor.
Essa questão me persegue desde o momento que me propus viver apaixonada. De lá pra cá, sempre me pergunto o que é o amor, e a conclusão que tenho qual é?
Sempre a mesma, seria um poema escrito por mim, quando tinha 12 anos. Não me lembro muito bem dele, só de dois versos:
"Amor, o que é o amor?
Será algo que não tenho?"
Sim, aos 12 anos já me perturbava por julgar não amar ninguém e não ser amada.
Mas voltando a minha história, aí me apaixonei pela cara da camiseta colada?
Não, não me apaixonei. Quero ter a amizade dele, só isso.
Amo as brincadeiras, o sorriso, o ser curioso que ele é, mas nesse momento, quero acreditar na frase "bons amigos não são bons amantes", embora não concorde com ela.
Ah, quanto aquele momento dele sendo sério, seria uma tentativa de me impressionar? Segundo ele, a seriedade fingida é por eu não sorrir enquanto falo de coisas sérias. Quero acreditar nele, quero acreditar no caráter do ser humano.
E hoje, sinto-me amada? Sim me amo, me valorizo e sei que Deus sempre me amou, ama e amará!
Sim, toda essa ladainha, é por não ter nada de interessante para escrever.



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